sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Agricultores de SC pedem anistia de dívidas devido às chuvas


da Agência Brasil
04/12/2008

Entidades do setor agrícola de Santa Catarina querem a anistia das dívidas de custeio da safra atual dos agricultores familiares atingidos pela chuvas dos últimos meses e o refinanciamento das lavouras que ainda possam ser replantadas.

As reivindicações foram apresentadas durante uma reunião com representantes do Ministério da Agricultura e da Secretaria de Estado da Agricultura realizada na última segunda-feira (1º), e divulgada nesta quinta-feira.

Segundo levantamento da Faesc (Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina),o prejuízo para a agropecuária do estado causado pelo excesso de chuvas nos últimos 90 dias pode ultrapassar os R$ 400 milhões. A estimativa é que cerca de 80% dos produtores de feijão tenham sido atingidos, sofrendo um prejuízo de R$ 124 milhões. Produtores de cebola, arroz e trigo também tiveram grandes perdas.

De acordo com a nota divulgada hoje pela entidade, os agricultores também pedem a criação de uma linha especial de crédito a fundo perdido de R$ 2,5 mil para cada produtor que não possui financiamento para manutenção da renda familiar. Outra reivindicação é um crédito emergencial adicional de até R$ 100 mil para os agricultores de municípios que decretaram estado de emergência ou calamidade pública para que possam reestruturar suas propriedades. Eles propõem um prazo de pagamento de dez anos, com juros de 2% ao ano, três anos de carência e dispensa de garantias reais.

A avaliação da Faesc é que os produtores de leite e hortifrutigranjeiros atingidos pelas chuvas precisam receber pelo menos R$ 1 mil, que poderiam ser disponibilizados, por meio do FDR (Fundo de Desenvolvimento Rural).

Além desses pontos, também foi solicitada a prorrogação, por no mínimo dois anos, dos débitos de crédito rural (custeios e investimentos, crédito fundiário, empréstimos do FDR) dos agricultores familiares, com vencimentos máximos de 25% das parcelas de cada ano, com a primeira a ser paga em abril de 2010.

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